Com todo o ar de melancolia e pessimismo que se dispersou pelo mercado após o Brexit, o impacto na indústria de apostas online também foi sentido. Por isso, escolhemos mudar o foco para um assunto mais animador! Nossa escolha foi direcionada, portanto, ao continente africano! Sim, a África será o ambiente do próximo boom das apostas online no mundo! Descubra o porquê de o continente ser visto como um lugar favorável às atividades de apostas esportivas. Principalmente quando a indústria está derivando aos dispositivos móveis, seja nos pagamentos em geral seja na experiência de multicanais.
Além do vasto conhecimento adquirido ao longo de 25 anos de trajetória, Christina Thakor-Rankin, Consultora principal em 1710 Gaming, participou do evento Sports Betting East Africa, em maio. Christina atuará como moderadora na Sports Betting West Africa agora no próximo mês. Com tudo isso em mente e já tendo lido seu artigo sobre o mercado africano na revista Infinity, a repórter Rebecca Liggero fez algumas perguntas a ela. As respostas as compartilharemos com vocês aqui!
Conhecendo Christina Thakor-Rankin
Liggero ficou impressionada com a atitude de Thakon-Rankin por visitar uma parte do mundo que muitas pessoas têm medo. Quando perguntada se ela se sentia segura viajando para o Sports Betting East Africa, sua resposta foi sim.
E ainda completou, “se você quer saber como é um mercado emergente realmente, pergunte a mim ou a qualquer um e terá um monte de respostas. Porém, isso sempre será um substituto mais pobre em comparação com ir até um desses mercados para vê-lo e experimentar pessoalmente as sensações”.
Enquanto ela esteve em conferências pôde ver e encontrar com representantes de África, Ásia, Reino Unido e América Latina. Ela disse ainda que as similaridades entre América Latina e África são muitas! Além disso, essa não é nenhuma novidade, afinal, muitas são as pessoas interessadas em lugares como Colômbia, Argentina e Brasil e também no continente africano. Por sorte a entrevista que veremos abaixo ajudará a explicar os porquês.
As primeiras impressões!
Pergunta Becky Liggero: Christina, você tem sentado e conversado com muitos dos agentes reguladores em África no seu tempo durante o Sports Betting East Africa, qual tem sido sua impressão?
Christina Thakor-Rankin: Honestamente? Eu fui, francamente, impressionada pelo desejo, o apetite e a maturidade do nível de entendimento exposto pelos então chamados “novos” ou agentes reguladores em desenvolvimento. Além disso foi comprovado que a quantidade de experiência não significa necessariamente déficit de conhecimento.
Continua CT-R: Em termos de temas complicados, a discussão mais informativa e vívida foi o testemunho da distância entre o conhecimento e o entendimento ao redor de questões como o jogo excessivo ou integridade para as apostas limpas. Em áreas como as de lavagem de dinheiro, financiamento a terrorismo e as ligações entre crime e apostas, eu pretendo ir tão rápido quanto dizem os agentes reguladores na África. Talvez em parte pelas questões circunstanciais de cada localidade, há de ter uma forca ainda maior no aprofundamento e urgência para solucionar essas situações que seus parceiros em qualquer lugar do mundo praticam.
CT-R: O que é realmente impressionante é que mesmo que apenas copie e aplique algumas leis e regulações ou pegue recomendações e as utilize como elas são, todos os agentes reguladores que encontrei estão muito ansiosos para cumprir as melhores práticas internacionais e, então, cuidadosamente interpretar e adaptá-las para funcionarem ainda mais eficientemente EM e PARA suas respectivas jurisdições.
Harmoniosamente impressionante e ainda talvez com mais dificuldade que quaisquer um no mundo, há uma comunicação aberta que com o avanço tecnológico significa que uma simples proibição não funciona mais. Não existem proibições nas apostas online – os apostadores sempre encontrarão um jeito. Muito melhor é estimular o conhecimento de que é inevitável e, daí, trabalhar para encontrar uma solução regulatória na qual resulte proteção para ambos: consumidores e lucros.
Países para estar de olho!
BL: Isso é muito confortante e ainda nos deixa mais ansiosos ao escutar suas informações, de certo modo. Então quais países em África devemos estar mais focados e porquê?
CT-R: A grande maioria dos operadores fora do continente africano tem olhado para a África do Sul e Nigéria, mais recentemente, são os medidores para as apostas esportivas e apostas no continente. Porém, há ainda muito mais por acontecer. Para esses operadores investir no setor de construção civil em África oferece diversas formas de oportunidade, incluindo o mercado de luxuosos hotéis cassino. Os países do momento para esse mercado são, por exemplo, a Costa do Marfim, a novíssima “estrela solitária” que é o Estado da Libéria e Seicheles (já escutou alguma vez o hino do país?)
Para esses operadores procurando uma oportunidade em nível local, muitos lugares de Norte a Sul, Leste a Oeste oferece algum nível de oportunidade no mercado das apostas esportivas. Tanto para dispositivos móveis quando presencialmente e, especialmente, desde o advento da DsTV e do futebol televisionado ao vivo.
Para aqueles mais ansiosos em iniciar uma era de produtos online ou de plataformas interativas (e que se veem frustrados pela inatividade de movimento na África do Sul) ver esse espaço aberto em Nigéria, Uganda e Seicheles é animador. Estes países estão prontos para arrancar suas regulações em online/ plataformas interativas em outros momentos para seguir no caminho certo.
Quem são os grandes operadores?
BL: Realmente parece que existe muitas oportunidades! Você poderia nos contar mais sobre os “grandes operadores” já prontos fazendo negócios em África?
CT-R: No momento atual, o espaço é dominado pelas marcas locais que tem investimento de investidores estrangeiros e usam uma mistura de plataformas e sistemas locais e internacionais.
É necessário, igualmente que com uma apresentação e posicionamento de um produto ou serviço, uma adaptação para ressonar de acordo com o entorno cultural e social das nuances locais junto a seus consumidores. Os restaurantes McDonalds são um grande exemplo disso, o mesmo para o mercado de apostas esportivas e apostas na África.
Ainda que consumidores estejam familiarizados com as grandes marcas europeias de apostas esportivas como resultado do patrocínio aos clubes de futebol e o perímetro de propagandas. A proposta é de criar uma marca local que saiba as vicissitudes do país num país a partir de sua própria base de dados. A respeito disso, África não é diferente da Europa – marketing, tom, voz, linguagem, etc. tudo varia dependendo da audiência de cada país.
O que encoraja é não haver barreiras para os investidores ou operadores de outros continentes entrarem no mercado proporcionando o respeito deles. Além disso, proporciona que eles adiram às regulações com uma outra legislação. Estas não serão como as regulações emergentes na Europa, e bem diferente do que é praticado no Reino Unido, por exemplo. Desta forma, com o caso de África (o que significa ter ajuda para fechar contratos, novos parceiros e portas abetas no setor) novos caminhos se possibilitam e proporcionam um jeito novo de fazer negócios para as marcas de fora do continente.
Basicamente as oportunidades estão aí para quem quiser e estiver preparado para ir e agarrá-las com suas próprias virtudes!
Concluindo…
BL: Estas são todas notícias maravilhosas, com certeza. Há alguma outra coisa que você queira adicionar sobre o mercado de iGaming na África?
CT-R: Eu penso que se as coisas seguirem pelo caminho que estão até o momento, África será o próximo novo mercado!
Europa está estagnada entre a fragmentação e a expansão, os Estados Unidos se movimentam com os Fantasy Sports, mas com a exceção de Pensilvânia mesmo que não signifique muito. Austrália e Índia fizeram algo em algum momento relativo à responsabilidade e integridade, respectivamente. América Latina tem normas e está mudando ainda mais e Ásia supera a anterior nas tentativas. Isso deixa África – uma combinação de países com poder econômico em crescimento, populações que gostam de apostar, mesmo que seja legal ou não, e operadores querendo fazer negócios – com a faca e o queijo na mão!
Entrevista originalmente publicada em CalvinAyre.com
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