Já estamos em janeiro de 2021, e exatamente nessa época do ano já era para estarmos preparando as nossas apostas para o Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada do tênis internacional.
Porém, assim como em 2020 o novo ano começou sem grandes novidades: com a pandemia do novo Coronavírus em alta e o mundo em uma segunda onda de contágios que só poderá ser superada, com sorte, após uma extensa campanha de vacinação em todos os cantos do mundo.
Com isso ficamos repletos de incertezas sobre o que será do esporte da bolinha amarela nesse novo ano, pensando em como serão as nossas apostas nesse ano de 2021 e em como essa pandemia poderá afetar a nossa relação com o tênis e com as apostas esportivas nos próximos 365 dias.
Um calendário inconstante
A única certeza que temos até agora sobre o calendário do tênis internacional em 2021 é que novamente não teremos um andamento “normal” do calendário como tínhamos nos últimos anos, onde era possível saber com muita antecedência a data de realização de cada um dos torneios.
A maior prova disso é o Australian Open, que tradicionalmente é o primeiro Grand Slam da temporada e já foi adiado em pelo menos três semanas para que os principais jogadores que irão disputar o torneio possam ficar pelo menos 14 dias em quarentena após chegarem a Melbourne.
As eliminatórias para o torneio serão disputadas em Doha, no Qatar, e os jogadores chegarão à Austrália apenas entre os dias 15 e 31 de janeiro para que possam passar um período isolados antes do torneio.
Com isso o torneio que seria realizado já no dia 18 de janeiro foi adiado para o dia 8 de fevereiro, o que causou uma série de mudanças no calendário da ATP e irá se refletir aqui no Brasil, com o Rio Open sem data específica para acontecer nesse ano.
A alternativa mais provável nesse momento é de que o único torneio da série ATP 500 que é realizado na América Latina seja cancelado nesse ano de 2021.
Teremos os grandes nomes em quadra?
A incerteza do calendário tem consequências diretas dentro da quadra para a disputa dos torneios, com os principais nomes do circuito mundial ainda em dúvida sobre em quais torneios irão ou não participar no ano de 2021.
A principal certeza nesse primeiro momento é que Roger Federer está de fora pelo menos do Australian Open, ainda se recuperando das lesões que o mantiveram fora de quadra durante toda a última temporada.
Vale lembrar que Roger Federer irá completar 40 anos no mês de agosto e é uma grande incógnita se essa será ou não a sua última temporada do suíço como jogador profissional, o que seria uma grande tristeza pela falta de público.
Rafael Nadal está confirmado no Australian Open, embora tenha embarcado para Melbourne sem o seu treinador Carlos Moyá já que poderá levar apenas um número limitado de acompanhantes para a Austrália.
Quem também está garantido, pelo menos no primeiro Grand Slam do ano, é o número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic. O jogador é quem mais precisa de novos ares em 2021, já que teve um ano para esquecer em 2020.
O jogador deu um show de negacionismo quando o assunto eram as vacinas, além de ter organizado um torneio que causou o contágio de diversas pessoas durante a pandemia.
O esporte mais seguro durante a pandemia
Ironicamente, embora o Circuito da ATP esteja tendo sérios problemas para voltar em sua normalidade por conta de toda a logística que envolve, com grandes viagens praticamente semanais, o esporte dentro da quadra é considerado atualmente o esporte mais seguro para ser praticado durante a pandemia.
A notícia vem dos Estados Unidos, onde a Associação Médica do Texas colocou o tênis ao lado de atividades como acampar ou abastecer o carro em nível de perigo de contágio. Em uma escala de 1 a 10 a entidade classificou o Tênis como nível 2 de perigo, enquanto o futebol está no nível 7 junto com o basquete.
A explicação é bastante simples, já que a chance de contágio é bastante menor por conta do distanciamento natural entre os dois ou quatro competidores em quadra.
As grandes dificuldades da ATP ficam por conta da necessidade de viagens constantes, já que ao contrário de outras grandes ligas esportivas do mundo para o tênis não faria o mínimo sentido termos jogos localizados em apenas uma região para evitar os contágios com a segunda onda da Covid-19.