Os reflexos da Libertadores no mercado de apostas

Os grandes eventos esportivos sempre agitam as apostas ao redor do mundo. Num Superbowl, por exemplo, é possível apostar em coisas que quase ninguém imagina. Por exemplo: qual será a cor do isotônico derramado sobre o técnico vencedor no fim do jogo? A cantora que fará o show do intervalo vestirá um look com ou sem decote? E por aí vai. No futebol sul-americano, é mais raro ver esse tipo de mercado tão específico. Mas não dá pra negar que ele também é fortemente influenciado pelo hype. Vamos ver o que rola de diferente?

As odds são definidas por profissionais chamados de “oddmakers” com base em estatísticas. Isso significa que, quanto mais informação disponível, mais as cotações vão refletir a realidade. Inclusive, muitos apostadores profissionais se baseiam justamente nisso para obter lucro. Mas, nesse caso, a relação é inversa. A ideia deles é ficar por dentro de tudo sobre ligas menores, pouco conhecidas pelos oddmakers. Dessa forma, é possível encontrar e aproveitar odds desajustadas quando elas existirem. Mas voltando à final da Libertadores: por ser uma partida com enorme visibilidade, normalmente há muitos dados à respeito dela. Assim, as cotações costumam ser muito bem embasadas e precisas. Se isso é bom ou ruim, vai depender muito do uso que o apostador fará dessa situação.

As casas de apostas não são bobas: quando há uma partida desse tamanho, elas fazem o possível para explorá-la ao máximo comercialmente. E, por isso, abrem diversos mercados para apostas que, na maior parte dos casos, não estariam disponíveis. Por exemplo: para a grande decisão do dia 30, é possível apostar em qualquer um dos jogadores, nominalmente, para marcar um gol. Normalmente, não é assim. Também é dá pra apostar que sairá algum gol em curtos intervalos de tempo, como entre o minuto 21 e o minuto 30. Detalhe: os intervalos nos quais é possível apostar cobrem, literalmente, cada segundo de jogo. Até na quantidade de minutos que uma equipe será líder do placar é possível apostar. Enfim, são centenas de mercados abertos especificamente para este tipo de situação.

Na maior parte dos casos, os apostadores casuais não conferem periodicamente as possibilidades oferecidas pelos bookmakers. Porém, quando há alguma ocasião com bastante destaque na mídia – como a final da Libertadores -, eles se lembram e resolvem dar alguns palpites. Isso não tem nada a ver com amadorismo ou apostas mal feitas. É apenas uma questão de pessoas encontrando oportunidades para curtir seu hobby. Isso também não é, de forma alguma, prejudicial para os profissionais da área. Pelo contrário: é ótimo para as casas e para os Traders, como veremos a seguir.

Os apostadores profissionais ou recorrentes também podem encontrar boas oportunidades nesses casos. Por isso, o volume desse público também aumenta em ocasiões como as finalíssimas. Em parte, por causa da grande divulgação que estes eventos recebem. Mas também em virtude dos mercados extra oferecidos. Com certa experiência, essas novas alternativas podem ser exploradas e gerar mais ganhos. Para completar, os grandes acontecimentos esportivos, algumas vezes, estimulam as casas a oferecer promoções e bônus especiais. Um belo atrativo, não?

Para os Traders, o melhor cenário possível é justamente esse: grandes eventos que fazem muita gente injetar dinheiro em apostas. Isso acontece porque, no Trading, os prêmios são baseados no dinheiro que está investido na partida. E, logicamente, quanto maior a partida, maiores serão os investimentos. Ou seja: evento importante = mais dinheiro investido = mais liquidez = prêmios maiores.